Um post só pra mim.

Hoje vou fazer diferente, já que é meu último post do ano, gostaria de fazê-lo de um jeito diferente, de autoria minha apenas. Queria começar com um poema que encontrei no Facebook hoje, de autoria desconhecida, é o seguinte:

“Até aqui viajamos juntos.
Passaram vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas…
Não faltaram os grandes obstáculos.
Frequentes foram as cercas, ajudando a transpor abismos…
As subidas e descidas foram realidade sempre presente.
Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades…
Que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado.
O nosso agradecimento àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos quiseram bem e nos apoiaram nos bons e nos maus momentos.
Dividam conosco os méritos desta conquista, porque ela também pertence a vocês. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez.
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.”

Apesar do ar de despedida exagerado, eu senti que esse poema tinha tudo a ver com a minha experiência com o projeto ao longo do ano, a minha relação com o Gui e o Leo, e o meu estado de espírito pós bimestrais que trazem o dilema do fim da matéria, mas significa também a despedida de uma etapa da minha vida, e de relações principalmente na escola. Enfim, queria escrever não só para agradecer a vocês leitores do blog, porque tenho certeza de já ter dito em outros posts como o projeto me atravessou, mas queria agradecer tanto a meus amigos do G10 e aos professores, porque sem eles, o MNM não teria me atingido da forma como conseguiu. Sério pessoal, estão de parabéns. Muito muito obrigado, adeus “www.mnm152cg10.wordpress.com”.

  • Davi C.

O que achamos? O que mudaríamos?

Como vocês devem saber, este blog é fruto de um trabalho escolar. Neste post, avaliaremos o projeto como um todo e diremos para vocês algumas das nossas sugestões. Primeiramente, a nossa avaliação do projeto (incluindo o blog, mini-documentário e viagem) é positiva neste exato momento, uma vez que, se tivéssemos que falar sobre ele no início do ano… deixa pra lá. O projeto nos ajudou bastante a conhecer a nossa cidade e a nos relacionar com as pessoas que moram nela, sendo assim, acredito que cumpriu sua função principal, já que fez com que 3 jovens de um bairro “de classe média-alta” aprendessem a usar o transporte público, á pedir informações e até a conhecer novas pessoas.

Temos algumas sugestões, e aqui estão elas:

-Acreditamos que o tema do projeto deveria ser mais discutido antes da decisão, já que alguns grupos se arrependeram do tema e já era tarde demais.

-A locomoção de alguns grupos (o nosso por exemplo) era feita em grande quantidade a pé, e nós achamos que isso exausta o aluno e faz ele prestar menos atenção na cidade. Neste caso, não saberia como resolver o problema, já que pegar táxi é fora de cogitação.

-A partir dos temas escolhidos, como por exemplo o grafite, eu acredito que cada grupo poderia ter um professor “especial” para ajudar ele nas pesquisas e entrevistas, neste caso, seria algum professor/professora de artes, que poderia reservar um tempo para os alunos. Nos casos em que o tema era amor, um professor de filosofia, por exemplo, poderia reservar um momento para esclarecimentos específicos sobre o tema.

Agradecemos o apoio até aqui,

Abraços, Leo, Davi e Gui.

O que mudaríamos?

Depois de terminado o projeto, ou pelo menos grande parte dele, gostaríamos de compartilhar com vocês o que mudaríamos durante o processo. Gostaria de deixar claro que, apesar de ser o Leonardo escrevendo, estou com o Gui e o Davi junto, ou seja, esse é um post que fala por todos nós.

Para começar, se pudéssemos falar alguma coisa para os membros do grupo alguns meses atrás, diríamos para eles se empenharem como nós nos empenhamos agora, fazendo posts extras, que tem haver com o tema, diria para mergulharem de cabeça, por que o buraco é bem mais fundo do que pensávamos. Desdo começo, nossa ligação com o trabalho era puramente obrigatória, talvez por isso que se você voltar para o começo do blog, verá que “aquilo” (não sei se podemos chamar de blog) se resumia a poucas linhas de discursos prontos.

Acho que o principal que mudaríamos é justamente, como dissemos, o nosso empenho no trabalho como um todo. O tema também foi um problema, pois no começo nossa ideia de Marginalizados estava muito ampla, então, depois de um processo de reflexão a partir dos comentários feitos pelos nosso colegas, decidimos que era melhor focar em moradores de rua, afinal, eles são os marginalizados mais presentes no nosso cotidiano. Se pudéssemos voltar atrás, começaríamos o trabalho já focando neles, como fazemos hoje, acredito que isso daria mais ênfase ao trabalho, além de mais credibilidade.

Gostaria de agradecer a todos pela ajuda, por terem feito nosso blog ficar melhor, devemos tudo a vocês.

Abraços, Davi, Leonardo e Guilherme.


Cidade eu, eu cidade…

Olá intrépidos, como vão vocês? Nesse post, venho contar a vocês sobre mim antes do projeto “Móbile na Metrópole” (MNM), e de mim depois do mesmo, tendo como foco a minha relação com a grande metrópole paulista.

Admito que antes do MNM, minha cidade era meu bairro. Não procurava conhecer lugares muito distantes daquele que morava,muito pelo fato de qualquer coisa que eu precisasse era possível perto de onde eu moro. Não me caia bem o diferente. Eu vivia imerso e imóvel em minha zona de conforto.

Acredito que após os três dias de estudo do meio e o projeto do MNM em si, creio que comecei a ver a cidade com outros olhos. Vejo que a cidade precisa ser compreendida, assim como seus habitantes. Comecei a apreciar mais a arte de rua e tentar visitar lugares que jamais pensaria em ir, para quebrar alguns conceitos pré formados em minha cabeça. Tenho que dizer também que, diferentemente dos outros membros do grupo, eu não era tão familiarizado com o transporte público da cidade, mas após o estudo do meio comecei a frequentá-lo com maior frequência, visto que ele não se parecia nada com o que eu pensava que seria, mas sim algo muito melhor (apesar de ter algumas coisas a serem melhoradas). Em suma, creio que após esses projetos, venho tendo uma relação muito saudável com a cidade, e assim espero continuar.

Obrigado por me acompanharem até aqui.

Atenciosamente, Guilherme Girotto

SP, uma nova cidade?

Saudações caro leitor,

Gostaria de começar pela minha relação com os paulistas. Sem dúvidas, mesmo que já possuía certa proximidade com os meios urbanos como o transporte público e os espaços públicos, foi notável, pelo menos a mim e minha família, a forma com que passei a tratar e interpretar os atos das pessoas ao me redor, sejam conhecidos ou não, e afirmo que foi para melhor, tendendo a um lado muito mais crítico (no bom sentido), compreensível e humano. Como disse em meu ultimo post, o maior prêmio que me foi dado neste projeto, foi aprender a aceitar o próximo e respeitá-lo, ignorando sua condição econômica, racial, ideológica e sexual, mas avaliando seu caráter como pessoa, o que realmente importa.

Agora, falando sobre São Paulo em termos mais técnicos para responder a pergunta: “A relação com São Paulo mudou após os três dias de estudo do meio e do MNM como um todo?”, posso de forma bem honesta dizer que já vivia uma relação um tanto estável com a cidade em questão, o fato de visitar lugares que já frequentei, almoçar em lugares que já comi e fazer uso do transporte público que já conhecia, fez da viagem um espaço não de conhecimento desses meios, mas de aprofundamento da minha ligação com eles, refletir sobre eles, sentir na pele a necessidade de buscar de forma independente a localização das coisas me trouxe um amadurecimento a mais. Por isso, nego a ideia de que o projeto foi “inútil” e muito longe disso, pois a pesar de ter ocupado uma carga horária enorme de meu precioso tempo, tive o privilégio de aprender a viver em sociedade e me manter em contato com o meio urbano, neste caso, o de São Paulo.

Obrigado projeto. Obrigado leitor,

Com carinho, Davi C.

Eu e Sp, uma nova relação

A minha relação com São Paulo nunca foi das melhores. Para mim, o centro era vazio, não existiam pessoas la. Meu mundo era meu bairro, meus amigos estavam perto, comia por ali mesmo, escola, futebol, tudo lá, a menos de alguns passos. Antes eu morava em Moema, hoje eu moro em São Paulo. Antes do Estudo do Meio era: mãe, me leva? Hoje é: mãe, to indo!

Não foi só a apresentação ao transporte público, até por que esse eu já usava, porém muito pouco, foi também a apresentação a parte da cidade que faltava, a extensão do meu bairro. Descobri que havia vida naqueles lugares (centro e margens), e que elas importavam, por que eram como eu e você. Cada morador de rua que eu vejo, cada pessoa que é marginalizada por nós me chama a atenção e me faz lembrar dessas coisas, do blog e do documentário. Agora eu sinto que a cidade é minha.

Atenciosamente, Leonardo Dahia

Aprendizado com o documentário

Bom, falar sobre o documentário, principalmente na produção técnica dele, sua edição, me faz lembrar do quão significativo ele foi para o meu aprendizado. Quando comecei a editar o vídeo, mesmo que em meu histórico escolar sempre fui responsável pelas edições, pelo fato de eu ter me concentrado aos estudos acabei deixando um pouco de lado essa paixão e já não fazia ideia do onde começar com a edição, sem dúvidas, correr atrás de todo conhecimento que eu havia perdido me levou muito tempo, sem falar dos problemas que tive com o programa “Final Cut Pro X” que me trouxe de volta ao mais basico, o bom e velho “iMovie”, foi muito cansativo e tomou muito do meu tempo, mas depois de pelo menos uma semana depois de ver meu trabalho feito e terminado, senti do fundo do meu coração, que estes foram um dos minutos mais preciosos da minha semana de estudos para as provas bimestrais. Mesmo que eu considere o documentário um sucesso e etc., eu reconheço que por causa do trabalho que investi acabei deixando algumas outras responsabilidades escolares para trás e aprendi que na próxima vez, que isso acontecer em qualquer outro lugar em minha vida, é esperado que eu possa me preparar com mais antecedência para conciliar minhas tarefas com tranquilidade. Fugindo um pouco do aspecto técnico, um aprendizado que não pude deixar passar, foi a forma como olho e interpreto as pessoas que mudou. Estava tão habituado a julgá-las a partir de parâmetros sociais, de forma tão ridícula que posso afirmar sim, que durante a edição, vendo pessoas dizerem coisas horríveis sobre moradores de rua, que passei a olhar e agir diferente não só com moradores de rua, mas com todas as pessoas que conheço ou desconheço. Mas além de todo esse aprendizado com o projeto, um dos benefícios que ele me proporcionou foi de permitir que eu passasse uma boa parte do meu ano trabalhando com meus amigos Guilherme G. e Leo D., com certeza, apesar de vários desentendimentos (leves), o projeto não teria sido o mesmo sem eles.
Um abraço,
Davi C.

Blog e mini-documentário, um reflexo do nosso aprendizado?

Fala pessoal, tudo bem com vocês? Hoje venho aqui falar sobre algumas coisas que aprendi no decorrer do nosso mini-documentário e que gostaria de compartilhar com vocês. Apesar de ter aprendido muitas coisas relacionadas á edição, equipagem eletrônica e algumas outras coisas necessárias para a edição do mini-documentário ( obrigado Davi!), meu enfoque não é falar desse tipo de aprendizado, mas o que aprendi em relação ás pessoas e ao local em que morei toda minha vida. Aprendi a escutar, observar, refletir e concluir que nem tudo era aquilo que eu imaginava e que não, e que a união dos habitantes que ali moram é essencial para uma boa convivência entre todos.

Gostaria de dedicar esse segundo parágrafo para dizer que, apesar de nós termos sido totalmente francos com vocês leitores, o blog e o mini-documentário não conseguem transparecer totalmente o quanto o grupo evoluiu ao longo do ano. Creio que ao longo dos meses o grupo teve um desenvolvimento absurdo em relação á tudo que nós produzimos, e isso só pode ser sentido por nós que vivemos tudo isso, as discussões calorosas, os momentos para reflexão, a euforia na conclusão de algo, entre várias outras coisas que levou ao nosso amadurecimento.

Para concluir e para me despedir de vocês nesse post, quero deixar muito claro que, apesar de em nossas postagens não se poder notar o desenvolvimento e o aprendizado em seu nível máximo, garanto que é possível revelar nosso empenho e nossa dedicação com vocês! Obrigado por lerem até aqui, até a próxima!

Guilherme Girotto

Documentário e blog, uma sala de aula sem professor.

Eai, galera, sentiram minha falta? Acredito que sim, ou pelo menos gostaria que tivessem. Hoje eu vim aqui para dizer e compartilhar minhas experiencias com vocês, dizendo o que eu aprendi ao longo do trabalho. Para mim, o documentário foi como um professor, mas ele não ensinou apenas o ângulo de filmagem ou como tratar de um áudio com “chiado”, mas também ensinou que as vezes ouvir é melhor do que falar, ensinou que todos temos uma história e um motivo para falar o que falamos, ensinou que todos devemos ter uma chance de se expressar, por mais primitivo que nosso pensamento seja, ensinou que por uma boa causa vale a pena lutar.

Todo o processo, incluindo o documentário e o blog traduzem da melhor forma possível a nossa aprendizagem durante o projeto, servindo como um espelho tanto para nossas dificuldades como para superações. No começo, estávamos com um ´pé atrás em relação ao projeto, e é possível ver isso no começo do blog, onde as postagens se resumiam ao essencial e apenas a ele, porém agora, podem ver que, após amadurecermos, percebemos que a importância da nossa dedicação, o que também é refletido em postagens diversificadas e amplas. O documentário não é um espelho tão bom do nosso amadurecimento, mas é com certeza do nosso empenho. Nele, colocamos dias e horas, pois sabíamos que o estávamos fazendo valia a pena, nossa luta não era besteira.

O projeto como um todo foi uma grande série de aulas que nos ajudou muito a madurecer em relação as questões da cidade onde vivemos (aguardem que falarei sobre isso mais para frente) e sobre a autoria de blogs e o processo de filmagem edição de um documentário. Em relação a isso só tenho a agradecer a vocês, leitores, pela paciência e interesse pela nossa causa e dedicação.

Obrigado pela leitura e pelo trajeto até aqui, abraços, Leonardo Dahia.